Os sem-terra em “O tempo e o vento”

Nas transições entre capítulos de “O Continente”, primeira parte da trilogia “O tempo e o vento”, Érico Veríssimo insere pequenas histórias em prosa poética que escapam do fluxo da narrativa principal. São os chamados intermezzis ou interlúdios. Segundo o professor Luiz Marobin, “nos interlúdios tudo assume feição lírica. O quadro desvincula-se dos compromissos com aContinuar lendo “Os sem-terra em “O tempo e o vento””

O vendaval Luzia, de “O tempo e o vento”

Artigo literário publicado na seção de artigos do site de notícias Berlinda News. DAMASCENO, Elenilto Saldanha. O vendaval Luzia, de O tempo e o vento. Berlinda News, São Leopoldo, 4 jul. 2022. Disponível em: POR ELENILTO DAMASCENO: O vendaval Luzia, de “O tempo e o vento”

Blau Nunes

As primeiras manifestações literárias gaúchas surgiram na oralidade popular, em lendas, “causos”, cantigas simples e provérbios a retratarem a vida e os valores de nosso povo. Nosso primeiro grande escritor, o pelotense João Simões Lopes Neto, apropriou-se dessas construções orais e as transpôs para a escrita, aprimoradas literariamente através de sua criação autoral. Nas narrativasContinuar lendo “Blau Nunes”

O gênero textual resenha

Resenhar é relacionar características de uma obra artística ou objeto cultural, destacar seus aspectos relevantes e descrever circunstâncias de sua produção. O resenhador procede seletivamente, de acordo com sua intenção discursiva, e filtra aspectos que julga mais importantes na obra analisada. A elaboração da resenha depende de sua finalidade, do público a que se destina,Continuar lendo “O gênero textual resenha”

Tragédia

A tragédia tem origem na Grécia Antiga, por volta de 600 a.C., em representações nos cultos ao deus Dioniso, nas quais homens mascarados e vestidos com peles de bode cantavam hinos à divindade mitológica considerada protetora da produção agrícola, da fertilidade e do vinho. Vem daí o termo “tragédia” (de tragos / bode e oideContinuar lendo “Tragédia”

Alice no País das Fake News

Na obra As aventuras de Alice no País das Maravilhas, do escritor inglês Lewis Carroll, há um capítulo intitulado Um chá muito louco, no qual Alice vai à casa da Lebre de Março e a encontra a tomar chá com o Chapeleiro e Arganaz, um rato silvestre. Nessa cena, o tempo está parado, indefinidamente, àsContinuar lendo “Alice no País das Fake News”

“Bora” pra Pasárgada

O pernambucano Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho, um dos grandes poetas brasileiros, destacou-se pela sua imaginação criadora, caracterizada pelo crítico literário Domício Proença Filho como “capacidade de criar mundos imaginários e de acreditar na realidade dos mesmos”. Em um de seus principais poemas, Vou-me embora pra Pasárgada, Manuel Bandeira cria um reino imaginário aContinuar lendo ““Bora” pra Pasárgada”