Na conclusão desse estudo, o segundo elemento a ser analisado como código geográfico no romance Dom Casmurro é a representação de continentes, nações e cidades estrangeiras como elementos de sua estrutura literária. A Europa, centro de desenvolvimento político, econômico, social e cultural no final do século XIX, recebe o maior número de referências. O bajuladorContinuar lendo “Referências ao mundo como código geográfico: o código geográfico em “Dom Casmurro” (3)”
Arquivos da categoria: Estudos críticos literários
O discurso, a cidade, o Rio de Janeiro como código geográfico: o código geográfico em “Dom Casmurro” (2)
A cidade do Rio de Janeiro no século XIX, então capital brasileira, é o primeiro elemento a ser analisado como código geográfico no romance Dom Casmurro. O narrador-personagem protagonista, Bentinho, nasce em uma fazenda, em Itaguaí, aspecto representativo dos resquícios da origem rural da sociedade brasileira no século em que o Brasil iniciava, mais incisivamente,Continuar lendo “O discurso, a cidade, o Rio de Janeiro como código geográfico: o código geográfico em “Dom Casmurro” (2)”
O código geográfico em “Dom Casmurro” (1)
A caracterização do espaço é um dos aspectos do nível descritivo do plano diegético de uma narrativa literária. Roland Barthes, grande crítico literário, escritor, filósofo, semiólogo e sociólogo francês, classifica a caracterização do espaço como função descritiva de “informação”, a qual serve, conforme o crítico literário e professor Salvatore D’Onofrio, para “relacionar o enunciado comContinuar lendo “O código geográfico em “Dom Casmurro” (1)”
O Modernismo na crítica de Alfredo Bosi
Ensaio publicado em minha coluna no site Artistas gaúchos e em seções de resenha e de artigos e reflexões dos sites Escrita criativa e Oficina de criação literária online. DAMASCENO, Elenilto Saldanha. O Modernismo na crítica de Alfredo Bosi. Artistas gaúchos, Porto Alegre, 14 fev. 2022. DAMASCENO, Elenilto Saldanha. O Modernismo na crítica de Alfredo Bosi. Escrita criativa, PortoContinuar lendo “O Modernismo na crítica de Alfredo Bosi”
Relações entre o Ulisses de Homero e o Ulisses de Fernando Pessoa
Ulisses O mito é o nada que é tudo. O mesmo sol que abre os céus É um mito brilhante e mudo – O corpo morto de Deus, Vivo e desnudo. Este, que aqui aportou, Foi por não ser existindo. Sem existir nos bastou. Por não ter vindo foi vindo E nos criou. Assim aContinuar lendo “Relações entre o Ulisses de Homero e o Ulisses de Fernando Pessoa”
Análise formal do poema “Ulisses”, de Fernando Pessoa
Ulisses O mito é o nada que é tudo. O mesmo sol que abre os céus É um mito brilhante e mudo – O corpo morto de Deus, Vivo e desnudo. Este, que aqui aportou, Foi por não ser existindo. Sem existir nos bastou. Por não ter vindo foi vindo E nos criou. Assim aContinuar lendo “Análise formal do poema “Ulisses”, de Fernando Pessoa”
O narrador demiúrgico
De acordo com a Filosofia platônica, o termo “demiurgo” designa o criador dos seres humanos. Na mitologia grega, os deuses eram considerados os criadores dos seres humanos, cujos destinos conheciam, interferiam e determinavam. Esse poder de onisciência sobre todos os fatos, ações e pensamentos das personagens caracteriza o narrador heterodiegético demiúrgico, o qual apresenta umaContinuar lendo “O narrador demiúrgico”
A crítica social na poesia satírica de Bocage
O escritor português Manuel Maria L’Hedoux Barbosa du Bocage, expoente da poesia satírica no contexto histórico-cultural do final do século XVIII, era filho de advogado, parente da poetisa francesa Madame du Bocage e cresceu num ambiente familiar impregnado de cultura. Homem brilhante, viveu numa sociedade retrógrada que encarnava os valores impostos pela tradição católica eContinuar lendo “A crítica social na poesia satírica de Bocage”
O classicismo latino na poesia árcade (2)
No texto anterior, observou-se a influência do Classicismo greco-latino e do tópico-chave conceitual carpe diem na poesia árcade, mais especificamente na obra do escritor português Manuel Maria Barbosa du Bocage, considerado o grande poeta arcádico da Língua Portuguesa. No Brasil, despontou um núcleo de criação literária em Vila Rica, Minas Gerais, que reuniu alguns poetas, entre osContinuar lendo “O classicismo latino na poesia árcade (2)”
O classicismo latino na poesia árcade (1)
Anteriormente, tratou-se da influência do Classicismo greco-latino, mais especificamente do tópico-chave conceitual carpe diem, do poeta clássico latino Horácio, no Classicismo renascentista e na poesia barroca de Gregório de Matos. Observou-se que o Barroco do século XVII extrapolou um pouco os valores do Classicismo renascentista e se tornou um estilo caracterizado pelo dinamismo da formaContinuar lendo “O classicismo latino na poesia árcade (1)”